9ª Vivência

Em uma oficina com o brincante Adelsin, as Meninas de Sinhá construíram um presépio diferente apresentando o seu próprio ambiente: o morro do Alto Vera Cruz. As casinhas coloridas foram feitas de papelão e pintadas por elas próprias. Cada “menina” fez uma bonequinha com saia rodada de papel crepom. Maria, José e o Deus menino também representavam pessoas da comunidade. O presépio tinha um motorzinho que fazia com que os personagens se movimentassem e as Meninas de Sinhá brincassem de roda para saudar o Deus Menino.

Nessa vivência as Meninas de Sinhá prepararam o repertório das músicas para a representação do Natal Brasileiro. Para decorar a festa elas montaram também um presépio tradicional, como fazem todos os anos e fizeram um varal de fitas coloridas para ornamentar toda a rua no dia do evento.

Diário de Bordo - 9ª Vivência

Meninas de Sinhá
Alto Vera Cruz – BH
17 de novembro de 2023

Arte, aquela que habita os espaços sutis e poéticos da alma, que surge das mãos que bordam, que brota do coração daquela que canta, se expressa nas cozinhas, na casa arrumada, nos jeitos de dançar e brincar. Sem censura, a arte nos lança no território da imaginação. O tempo, o tempo se abre em estado de presença e graça, convidando todas e todos para voltarem aos quintais ou à rua, à terra e, nesta 9ª Vivência, ao encantamento dos presépios que, grandes ou miúdos, acolhem o desejo de Beleza para receber o Menino Deus.

Os preparativos para o Natal Brasileiro das Meninas e Bordadeiras de Sinhá receberam um convidado muito especial. Adelsin já era amigo, cuja presença sempre proporcionou alegria. Mas, dessa vez, ele trouxe para a roda o encantamento dos brinquedos e, com papelão, cola, tecidos, tinta e papel crepom, deu início à montagem da festa: Meninas e Bordadeiras em bonequinhas que cantavam em roda com seus vestidos coloridos e as mãos dadas, as casinhas do Alto Vera Cruz feitas de caixas de papelão em suas tantas cores e formatos, arquinhos para os cabelos, flores para as saias, adereços e enfeites para deixar a rua bonita e mais lindas ainda as ciganinhas e pastorinhas do Auto de Natal.

E não podiam faltar as cantigas que, entre varais de fitas coloridas e as tantas flores sobre as mesas, soavam pelo salão, misturando o fazer manual ao ensaio musical, na ajuda mútua para lembrar cada canção aprendida.

E, assim, arrumada a casa para receber os convidados, as mulheres celebraram a alegria do encontro, de aprendizados e trocas, da arte que emana de cada uma.

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