7ª Vivência

Com o tema: Mulheres, suas histórias, suas rendas e suas cantigas, a 7ª Vivência promoveu o encontro das Meninas de Sinhá com grupos de forte tradição e saberes ancestrais. No primeiro dia, as Rendeiras da Aldeia que vieram de Carapicuíba, São Paulo mostraram e compartilharam suas histórias no modo de rendar. No segundo dia, as Cantadeiras do Souza da cidade de Jequitibá, Minas Gerais cantaram e contaram suas histórias e costumes que passam de geração para geração.

 

Diário de Bordo - 7ª Vivência

Meninas de Sinhá
Alto Vera Cruz – BH
14 e 15 de setembro de 2023

Valdete. Um nome que diz muito no Alto Vera Cruz, especialmente para as Meninas de Sinhá. Valdete é o início de um sonho que encontrou outros sonhos, e, há 27 anos, uma semente foi plantada para nunca mais parar de gerar vida. Após o encantamento de Valdete, em 2014, o grupo seguiu junto, tendo Patrícia como ponta de lança. Com ela, vieram muitos projetos e o nascimento das Bordadeiras de Sinhá. Hoje, cantar e bordar são ofícios transformadores.

Assim também nasceram outros grupos, pelas mãos de mulheres fortes e sonhadoras que transformaram pessoas e mundos ao redor.

A 7ª Vivência foi de encontro com cantadeiras e bordadeiras que também vivem – cada uma à sua maneira! – a experiência do coletivo em beleza e alegria. As Rendeiras da Aldeia tiveram seu início quando Lucilene Silva reuniu mulheres da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba/SP, através da OCA Escola Cultural, para juntas serem partilhas de saberes e cuidados. Se as Meninas e Bordadeiras de Sinhá têm suas raízes em diversas comunidades e municípios mineiros, as Mulheres da Aldeia chegaram de diversos estados do Brasil. E encontraram na Renda Renascença, pelas mãos da pernambucana Wilma Silva, um ofício apaixonante e que hoje é fonte de renda do grupo. Com elas, as Bordadeiras de Sinhá aprenderam o rendado e já nesse dia fizeram suas primeiras pecinhas.

No dia seguinte vieram as Cantadeiras do Souza, grupo de mulheres de Jequitibá/MG que, nos versos e melodias que aprenderam com mães e avós, são mestras no ofício de cantar. São elas que realizam todo ano a tradição das Pastorinhas e cantam em festejos e encontros na região, e são reconhecidas pela rara beleza na harmonização das vozes. Junto das Meninas de Sinhá elas cantaram, contaram suas histórias, brincaram e dançaram, mostrando que semear saberes ancestrais é seguir plantando as sementes de Valdetes, Marlis, Wilmas, Lucilenes, Vivianes, Patrícias e aquelas que brotam de cada mulher que reconhece que, quando o povo se une, as coisas dão certo!

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