6ª Vivência

As Meninas de Sinhá receberam Dona Geni Carvalho, benzedeira e Rainha do Congado de Nossa Senhora do Rosário de Chapada do Norte que falou-lhes sobre sua história de vida e benzeções; Dona Cota, parteira tradicional de Chapada do Norte apresentou-lhes como eram e são os partos na sua região e Belinha, a  Rainha da Irmandade do Bairro Concórdia de Belo Horizonte, rezou, cantou e falou sobre afrodescendência e sua história de vida.

Diário de Bordo - 6ª Vivência

Meninas de Sinhá
Alto Vera Cruz – BH
28 e 29 de julho de 2023

A parteira Dona Cota veio de Chapada do Norte, Vale do Jequitinhonha, compartilhar seus saberes. Niuza e Geraldo, do grupo Meninas de Sinhá, representaram um casal em trabalho de parto, interagindo com alegria e descontração. Dona Cota mostrou como seu amor alcança tantas mulheres e crianças na missão de trazê-las ao mundo. E que, para que a mãe seja cuidada, respeitada, é preciso sabedoria, entrega e muita fé.

Também pela presença da fé, outras mulheres sábias nos presentearam nesta 6ª Vivência: Isabel Casimira Gasparino é Rainha Conga de Minas Gerais, das Guardas de Congo e Moçambique Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário. Conhecida também como Belinha, Isabel é um fio que nos liga a uma África forte, inventiva, espiritual e de muitos saberes. Ela reconhece que perpetuar o legado de seu Reinado também representa um lugar de força que demanda responsabilidade, mas exerce o cargo com muita alegria, firmeza e beleza, valores que percebe fundamentais perante as
dificuldades.

Irmanada a ela está Dona Geni, benzedeira e Rainha do Congado de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Irmã de Isabel na fé em Nossa Senhora do Rosário, trouxe sua história de vida para compartilhar com as mulheres do Alto Vera Cruz, que também contaram sobre suas trajetórias.

O compartilhar da vida que toca a dor para lembrar de como existem força e beleza nessas mulheres veio para lembrá-las de que não estão sozinhas e que carregam um imenso valor. E, exatamente por isso, a vivência, feita em rodas de escutas, cantos, rezas e abraços, representou para elas um espelho que reflete quem elas são. Espelho que também é atravessado pelo encontro com seus ancestrais e que as lança ao futuro que desejam construir, sabendo ainda que a velhice significa sabedoria e experiência.
Junto da fé, alicerce fundamental.

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